terça-feira, 29 de dezembro de 2009

hard tears

ultimamente,
tem sido difícil cair uma lágrima,
e por isso está doendo mais.
a cada luz que se apaga
o medo me afoga
mas o choro não vem,
só aquela dor que me explora
e eu apenas caminho,
caminho escuridão a fora.

ultimamente,
tem sido árduo cair uma lágrima,
cada vestígio deixado de lado,
é uma faca atirada em peito
desses samurais que me rodeiam
e esse ar que me asfixia
com esse cheiro pra lá de tóxico
mas quando tento sentir uma lágrima
sinto apenas aquela dor,
aquela dor no nervo óptico.



(paloma)


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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

out in suzie

O silêncio e a ausencia
faz a mente evoluir
do irreconhecível
pra mais pura clarividencia
dos restos agora esqueço
pra viver a vida em maior
e quanto a você, pessoa minha
me tornei sua rainha,
e eu apenas agradeço!

(paloma)



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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

made in china

o frio congela estas lágrimas

enquanto a neblina sopra saudade

na janela do nunca visto.

as vezes, até cobre o passado.

mas o calor das memórias

e de tudo que ficou marcado

aquece o mais frio nevoeiro.

e mesmo eu aqui do outro lado

tão singular e aleatória,

vou deixando minhas pegadas na neve

levando nos braços aquela história.

e enquanto o destino renega,

eu continuo batendo porta em porta

com meu sentimento a pronta entrega.

can u help me rogerio ?

(paloma)



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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ser aquilo que está dentro,
ser o que se demonstra ser.
o que está dentro verídico por inteiro,
mas se o lado de fora é que convence. (?)
Ora as duas faces misturam.
Ora cada uma no seu canto.
são essas horas que máscaras caem
expondo um gigante de fúria
ou uma beleza gigantesca.
E vejo que quem conheço
estão nos dedos de uma só mão
Mas se do nada eu descubra alguém
que prefere o lado de dentro,
- sim, eu to dentro!
e dentro pra fora volta o pensamento
o que impede mostras do ausente "eu"?
sendo rei ou mero sujeito..
talvez eu até entenda,
mas juro que não aceito.


(paloma, de dentro pra fora, como sempre).

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

pincel e tinta

Foi quando
tudo voltou a ter cor
tirei o pincel da gaveta
e quando as cores tocaram a tela
coloriu-se ,
meus desbotados sentimentos

Fiz de Monet um amador
de Tarsila uma menina
Renoir morrer de inveja
No cubismo tirei a geometria
do barroco nenhum pouco
e michelangelo,
transformei em louco

As pinceladas tomam forma
e obra fica emoldurada
mas não na parede da memória
como diz a bossa nova
a tinta preencheu a tela e o vazio
mas não estará no Louvre
nem numa parede sofrida
pois essa é mais que uma obra...

É a obra prima da minha vida.




(paloma)


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sábado, 31 de outubro de 2009

vidadocevida

mas é que ela única!
infinita e talvez curta
natural, sem súplica
que no sangue faz habitar
células de felicidade
onde há uma verdade,
condicional
e se ela as vezes fica morna
tudo bem, normal..
o calor logo retorna.

mas é que ela é única!
e de beleza irracional
raciocínio pelo chão
e sua imensidão
não cabe em palavras
vencedores desde embrião
- Não vale a pena desperdiçar!
um troféu que temos na mão
e quando nada se entende
e não vem compreensão
acredite,
ela é mistério
mas sempre tem razão!



(paloma, por tudo, todos e mais alguém)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

fase.

Eu perco a frase
pulo o muro
esqueço a crase
não colho o maduro,
(é fase!?)

Fico ausente
desacato o rei
meu "eu" delinquente,
away...

Em cima da mesa
há copo vazio,
mas não me faço embrutecer.
copo, coração e rio...
é preciso esvaziar para encher.


(paloma)


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sábado, 17 de outubro de 2009

detesto

Detesto esse seu jeito
e esse seu fraco olhar
de quem liga o radar
pra encontrar quem gosta
e se não sei sua resposta
por que tanto reclamo?
Detesto seus prazeres,
mas ainda sim te amo.



(paloma)


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domingo, 4 de outubro de 2009

~

o fogo dos seus olhos
ainda queimam minha floresta
desmatada...
Por você.

naquele dia, seu fogo,
também queimou minhas barreiras
clareou minha visão
e em meio aquela multidão
só sua presença eu sentia,
ironia...

alguém soprou no meu ouvido
que você seria único.
naquele tempo
teu olhar no meu reluzia.

é, você sempre vai ser único
e desde o principio, eu já sabia.




(Paloma)


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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

linhas



Ah, tudo isso
é um jeito desarranjado
de pedir teu coração emprestado
e um bocado de ressurreição.
o relógio da vida vai correr,
correr contra nossa direção.

Mas não é essa nossa sentença!
se pra nós dois,
direção, já não faz nem diferença.


(Paloma)



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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

vômito

Tempo nublado
confusão cerebral
que nem se quer existe
mas ilusoriamente persiste
de forma nada casual

Eu quero sair desse lugar,
eu quero levar só eu comigo
eu não quero deixar vestígios
do que você me despertou

uma salada nada sentimental
eu não sei de mais merda nenhuma
rasguei o jornal
e esqueci do segundo caderno
e assim alterno
entre o bem e o mal

A peteca tá pesada demais
pra segurar.

Eu quero sair desse lugar





(paloma)


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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

alguém me disse

Foi desde
aquele momento
Que tudo condizia
Pra exclusivo declínio
e de resto ressentimento,
Eis que alguém me disse:
- Moça, por tudo tenha fascínio!

Fascinação!
pelos caminhos,
espinhos,
e por tudo que gera ação.
Ação dos filmes forasteiros
reagindo em coragem
Dos bandidos corriqueiros
Das donzelas indefesas
De tudo que lhe traga emoção

Emoção, fascínio,
Felicidade,
por pior realidade
em tudo tira-se lição
mesmo aquela lição de casa atrasada
mas que uma hora
fazendo a revisão
abre-se o velho caderno
e tudo se revigora.

Eis que chega outrora
nada mais é chuva de verão
e tudo vira melhora
mudanças a flor da pele
broto de nova alma,
de semente no coração

Foi quando aquele alguém me disse:
- Moça, é que tudo tem seu ângulo.


Que eu escolhi a a melhor visão!





(paloma, sem óculos, miopia e afins)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

sweet red boy

O cheiro
O gosto
O tempero,
Aperto, abraço, encosto,
Teu gosto.
E assim meu olho é um espelho
Que enxerga seu vermelho
Hipnotiza,
me realiza
E cada dia eu preciso
Ver de perto teu sorriso
No dia, noite, alvorecer
Desse sentimento repentino:
- Que fez meu peito se encher.

(Pah)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RECALCADO!

Se eu nem mais te atrapalho
contenha-se desse recalque
e fique com sua "vidinha" retalho.





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(Paloma, que não precisa de resposta
pra mostrar que não se importa,
mas com palavras,
talvez se abra uma pequena porta.)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

sem banalidades

Foi quando eu entendi
"Que o que eu sou
é também o que eu escolhi".

E em meio
A Líricas doces,
Amargas, afáveis
Com ou sem resultados
"rentáveis".

Dia claro,
sentir-se raro
Fim de tarde,
felicidade invade
Noite fria,
calor humano sacia
sol ardente,
esquenta coração e mente
céu cinzento,
não lamento

E não importa a companhia,
lugar, circunstância,
discreta redundância

Foi quando eu entendi
uma esperada verdade
cabe a cada olhar interpretar:

Toda forma de felicidade!


(paloma)



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terça-feira, 1 de setembro de 2009

aleatório

O acaso,
as vezes vira caso
quando não espera
conveniência
e muito menos
avisa a consciência.
Brota sem desatino,
esporádico no destino
concreto em sentido
chuva de granizo
rara e sem aviso.


(Paloma)


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sábado, 29 de agosto de 2009

hoje

Hoje queria escrever sobre tudo.
Todo intenso vivido
cada sentimento mudo
mas muda sou eu no presente
não por barreira,
nem como escudo..
e mesmo quando surge
pensamento insistente
vejo, guardo e sinto
coração e mente.
ainda assim prefiro ficar calada,
sozinha no meu ausente.


(Paloma)


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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

.

era o fim
do fio da linha.
era enfim,
o mais dolorido
espinho
ungido pelas mãos
de um anjo ruim:

- a vida sozinha
outra vez.

era a amargura
do inverno,
e seus indeléveis
reveses,
despetalando silêncios

salmoura de desertos
sobre tão ternos afetos,
(o inverso de deus
em uma lua doente).

era a madrugada
a desabençoar,
de todo,
o sempre Agosto
que trouxe o desgosto.

e o vento maldito
da saudade
colhendo sombras
em meu dorso,
num rosto que perde vaidade.


(paloma
e sua triste verdade)


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

...

"É desse nosso jeito
orgulho e vaidade
vejo uma míope verdade
e nesse tom triste
pra lá de um bolero rameiro
a insônia insiste
eu me torturo no travesseiro.
por algo que pode virar pó
(então é só...)
Meu resumo são essas linhas
e minhas lágrimas secam sozinhas".


(paloma)


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terça-feira, 18 de agosto de 2009

E quando..

E quando
Num quadro branco desando
Palavras ao vento
É mente pegando fogo
Gente que fica ausente
História que por um instante
Perde o sentido
Mas se faz insistente
No meu mundo perdido

E quando a vida em sua roda-gigante
Vira as costas
Eu busco teu semblante
E me sufoco em perguntas
Da solidão na hora errada
No meu eu parado na estrada
E é quando chego a conclusão:
Comigo só existe eu
E o resto é nada

E quando eu abro outra brecha
Pra mudar de assunto
Vem saudade,
Reluta numa certa serenidade
Nesse meu peito estranho
A me negar a quase velha novidade
Saudade do que não chega
Saudade de quem foi tarde
Saudade do que me fez cega
E que hoje apenas arde
Nessa colorida dor,
Saudade.

Hoje que me vem palavras
Renegando o amor
Pra se libertar da dor
Ou apenas pelo fato frustrante
De não conciliar na estante
Coisas belas, medonhas
Enfadonhas, e bregas
Quando nada revela
O que há fora da janela
Eu faço força pra abrir
Do jeito que dá
Pra me sentir viva
Pra não deixar de existir

E quando a gente muda
A vida se renova
Que muda não seja minha voz
Imunes sejam meus pés
E no final desse desabafo confuso
Me contradigo e por assim digo
Esse medo intruso
Vai se desfazer como água
Vou atrás do decidido
Vulgo pé na tábua

E se por acaso eu te atrapalho
Fique com seus velhos retalhos
Cada mente uma sentença
E na minha, eu venho primeiro
Se quiser companhia,
Meu eu voltará companheiro
As saudades e dúvidas
Tão extremas e volúveis
Serão como agulha no palheiro

E quando a janela fechada
Me mostra uma longa estrada
Bonita e estampada
De outras saudades e duvidosas novidades
Sou assim mesmo do nada
Imprevisível como a madrugada
Mas que amanhece num belo sol
Ou mesmo manha nublada
No fim das contas
Se só assim se abre a porta


O entardecer é o que me importa.



(paloma)



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sábado, 15 de agosto de 2009

...

"Des yeux qui font baiser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens"





(La Via en Rose)

sábado, 8 de agosto de 2009

one second

Por um segundo
Alma pura,
Ser imundo
De singela-notável frase
Tanto quanto maligna
Me fiz raras lágrimas
No já conhecido enigma

Ato pensado ou não
Me fiz ponto e vírgula
Sentimentos tem porquês
Em atitudes sem razão

Se ponto e vírgula no entanto,
Peripécias ao meu encontro
Foi essa minha fuga.
Ressentimentos ao relento,
não dou perdão ou desconto
me convém meu mundo gelo
E ponto.



(paloma)


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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

moment feeling

Saudade do desconhecido,
- Anuncio sua extinção!
Meus versos repetidos
Desfazem com razão
Vida, que ganha sentido
Vento que sopra canção

Um começo que assusta
Consequências que relutam
A desistir e largar mão
Uma tal incerteza bruta
Que só o tempo faz lapidação
Meu vicio latente de entender
A porta mais próxima,
Dar o braço a torcer!

Razão e sentimento
E que em cada momento
Quebra meu insistente orgulho
Me tirando dessa toca
Tocando fora todo entulho
Preenchendo, sentimento
E quando toco os pés no chão
Não me perco ao relento

- Não ser sozinha?
- eu?
Nem na imaginação!
Até que ele apareceu
me resgatando
de uma antiga solidão
E por tal admirável feito
- Hoje eu digo, sr sujeito
Acabaram-se as dúvidas,
Eu me faço exclamação

São coisas do destino,
Da vida,
E aquelas do coração..




(Paloma)



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sábado, 1 de agosto de 2009


Só o pó
Rascunho de pessoa
Lixo impotente
Vazio permanente
Que oscila entre alívio
E uma dor latente
Tão forte e tão frágil
Minha proteção
É tal laço inquebrável
De quem surgiu do nada
E de quem do nada se foi
Nessa legenda surripiada
Em dois extremos vivo
Hoje mal, amanha amada
Paz em meio a guerra
Amor de uma gangue
Fico por aqui
(meu remédio ja percorre minha mente
e meu sangue)

(Paloma)


.
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sexta-feira, 24 de julho de 2009

...

"I feel so much better
Now that you're gone forever
I tell myself that I don't miss you at all
I'm not lying, denying that I feel so much better now
That you're gone forever."




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poema com graça.

Hoje eu te vi
Olhei de cima a baixo
E não senti nenhum triz
Do que um dia me fez feliz
Escrevo celebrando o vazio
Um vazio que me completou
Correnteza de um rio
Que do nada transbordou
E deixou de ser completo
Que deixou de ser refil

Aleatório poema com graça
Não és mais minha ameaça
E uma certa passada ira
Sinto informar...
Eu não te quero mais
(e nada disso é mentira!)



(paloma, beijosmebipa)


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sexta-feira, 17 de julho de 2009

entrelinhas again

Escrever;
Relutância deste ser.
Ele,
que cativa pseudónimos
Em formas ativas, passivas
E afins...
Duplos sentidos ruins?
Não consta
em meus inúmeros refis

No meu desconcertante dizer
Sai esse ódio nada enrustido
E o amor já vivido
Reflete ao léu o distorcido
O seu pensar desconhecido
E se me interessa descobrir?

Talvez...

Por já não ser assíduo freguês
de um sentimento a pronta entrega
Se minha razão te renega
Com luz de velas
ainda permaneço cega!
E por assim lanço tal súplica:

- Manifeste-se de uma vez!

Pra que não deixe de ser bem-querer
Pois nas nossas entrelinhas
pela madrugada
ou amanhecer
a neblina ainda impede
que eu possa te entender


(Paloma)


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sexta-feira, 10 de julho de 2009

we change

Estou indo bem,
Estou bem.
Não preciso encontrar força
se nada mais me faz refém
Não sou refém.

Sem temores desnecessários
Me faço realidade
da segurança
que meus ventos despertam
melancólica felicidade

E no fim,
o eu feliz enxerga além
de uma pacata normalidade
nada normal.

Pretérito mais que perfeito
eu fiz, eu sou, eu serei
trejeitos ao relento
- Tudo virá senhor tempo!
mais uma jornada em minha frente
e a vida grita:
- Experimente!

Excluo vestígios banais
nada se aproxima
nem temores ou algo mais
"Dessa fé que faz,
otimista até demais!"


(Paloma)

.

entrelinhas

Na escuridão da madrugada
É quando enxergo alguma luz
Com névoa ofuscada
Posso ver o que não se reduz.
É esse tédio e minha raiva
Que minha insónia se traduz.
Não te chamo, nem te testo
Te gosto, te detesto
E que vá a merda todo o resto
Esporádica e incerta
Eu ainda me pergunto
- O que tanto você me desperta?
A resposta está no nevoeiro,
Mas a porta continua aberta.


(Paloma)

terça-feira, 7 de julho de 2009

(in)visível

E assim eu vejo...
minha mente se perturbar
com impregnáveis anexos
superficiais,
resumidos em teus reflexos
desse sentimento (mais ou menos)
secreto,
que não sacia,
nem se faz concreto.

Não me movo do lugar
e assim me petrifico
apenas por recusar
uma suposta exposição,
de quem talvez não espere
palavras em erupção
(talvez sim, talvez não..)
meu orgulho protetor,
ou egoísmo individual
fuga do "ridículo"
medo esfarrapado
coisa e meia, coisa e tal..


(Paloma)



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sexta-feira, 26 de junho de 2009

é isso.

Ponto final.
agora,
a história
vai ser contada diferente
o passado fica pra trás
e meu sentimento
permanece latente.
sem peripécias
passadas experiências
que ficam por aqui
sem vírgula
sem reticencias

É isso.



(pa)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

sweet.persecution

Ultimamente,
não tenho feito outra coisa
a não ser vigiar teus passos
aqui,
escondida atrás do muro
buraco da fechadura
de longe,
enxergo seus traços
com certa miopia,
mas não anseio carta de alforria
nem desatar de laços


tua procura
não viável,
mas em mim se faz constante
perseguição insaciável
anúncios,
fotos,
jornais,
reviro teu passado
até seus ancestrais
só por querer estar perto
do que já tive...

e hoje, não tenho mais.



(Paloma)



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domingo, 21 de junho de 2009

1937 - e, saudades.

Quando tudo perde o sentido
e a vida se desfaz a pó
a poesia perde o som
sem se que soar um ruído
e como um flash
a memória trás tudo já vivido
agindo como o desatar de um nó.




(pa)


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sexta-feira, 19 de junho de 2009













Enquanto eu me abraço
e as gotas me molham
azulejos exclamam:
- Esse é seu consolo!

Enquanto eu me abraço
e as gotas me molham
alguém se encaminha
nesse meu amor tolo.

A pele
repele
necessidade!
o que a mente sacia
no lado esquerdo arde!

E assim ela vai
amores mil
não procura
não é insegura!
porém,
de verdade.

E assim soa o acorde
não muito sentimentalóide
dessa carência muda
cega surda
e sem sorte
sem sílfides
Alices
talvez,
um cupido covarde

abro a porta do meu dilema
e por assim digo
minha vontade:


- Eu quero logo a minha metade!




(paloma with beer)



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domingo, 14 de junho de 2009

passo

Sem folhas de outono
nem o calor de Abril
sou o nada
sou o frio

E não há manha de sábado
que aqueça meu vazio.
Sou um singelo
verso repetido
que me dá certo entusiasmo
e de quebra,
algum sentido

Sexto sentido
nesse peito forasteiro
procura exacerbada,
agulha no palheiro

Sublime perseguição
em algo sem identidade
é, eu me cansei desse jogo
passo minha vez
e me basto
só com a minha verdade.




(paloma)


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segunda-feira, 8 de junho de 2009

-

Adentro essa multidão
sem solução ou cura.
É tua minha procura
luz na minha escuridão


Cada gesto eu testo
buscando seu tato de maestro
mas minha sede é em vão
e cada alma em minha frente
se torna nada
se torna resto.








(paloma)




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sábado, 6 de junho de 2009

little.thought

Saudade;
se é essa minha resenha
e isso que me corrói
Arde, fogo e lenha.
É...
Talvez é isso que me destrói!




(paloma)



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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Diário de Bordo












Luzes de Janeiro
Calor de Novembro
Amores de Abril
divisores das minhas partes
em cada nova estação.
sou equação
sou escassez
sem nenhuma ameaça
sou assim sem mordaça
tagarelante nesse mundo (ão!)

Não possuo laços
e nem essa de previsão..
marinheira de nonagésima viagem
minha vida é minha bagagem
pulsante,
infinita em proporção

E o que eu levo
é aquela gente
de sotaque puxado
meu piquí
meu caruru
meu chimarrão

São aquelas histórias,
Aquelas!
na parede da minha memória
não se apagam com o Adeus
indeléveis
é a gente da minha laia
minha gente
- São os meus!

Vida corrida
que corre nos rastros do chão
e a bohemia da minha nostalgia
se preenche
com uma súbita alegria
de ter esse manejo
(quase pra um sertanejo)
E ganho mais essa
bagagem de mão

- Por onde anda aquela moça,
e o teu bem-querer?

no crepúsculo
no eclipse
no amanhecer
deixa que o futuro,
fica do lado de lá!
vou andando do meu jeito
levando amores e sabores no peito
ida, volta
volta e ida
E o final dessa corrida?
Ah!
deixo por conta dessa vida..





(Paloma)



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domingo, 24 de maio de 2009

...

" - Dizem que um dos dois sempre gosta mais,
quem dera não fosse eu. "



-

segunda-feira, 18 de maio de 2009

free





Assim estou
assim permaneço
se sozinha
ou acompanhada,
estou bem, aliás...
muito bem!
Obrigada.
E se um dia pensei
que sabia o que você pensava
prefiro por assim ficar,
e não saber de mais nada!




(Paloma)






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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Poema sem graça.

Morre na praça
a alma do artista,
do último fascista,
do compositor

Onde haviam cores
murcham-se as flores
exalando rumores
de uma notória decepção

E eu
- deixa pra lá, que chatice!
Permaneço no
meu mundo cinza
sem olhar para o chão

E se você passa
não vejo, não ligo
não faço, nem digo
ligo, desligo.
Não faço questão

E se você olha
não deixo vestígio
nem se quer um sorriso
e cuspo no chão

Na vida mais ou menos
sou lá, nem cá,
sou lugar algum
- Eu gosto do relento!
E não espero
em nenhum momento
que você volte pra mim.

Tenho ânsia do teu cheiro
agonizo teu tempero
sem graça,
sem respeito,
corra atrás,
se assim condiz.
Eu arrebito meu nariz
e permaneço na minha ira:
- Eu não te quero mais!

Mentira!




(Paloma)



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domingo, 3 de maio de 2009

.

Acabou a vaidade.
Se o que eu sou
é também o que eu escolhi,
eu sei.
No último segundo
tanto faz,
se agora,
o começo do fim,
parece estar
aqui sentado,
como um falso amigo
ao meu lado
E esse amor
que não teve tempo
de ter rugas
consegue sentir flor da pele
o desespero chegar
E por querer proteger
esse meu bem-querer,
corro contra o tempo
pra que por entre
meus dedos
eu não tenha que te perder
A fortaleza de herói burro,
Desaba!
E eu me humilho
como poeta errante,
Volta!
E se eu,
numa esquina
qualquer te ver
me ajoelho
e faço uma prece
Peço aos céus
Pra que reacenda
o último vestígio
da chama do sentimento
que ontem
ardeu em brasa.
E hoje apenas queima
com a dor da saudade.

(paloma)

.




sexta-feira, 1 de maio de 2009

perdas,
me perdoem.

espirais de um sentimento,
me resgatem.


eu, perdida ao vento,
sem rumo, sem movimento.

que na procura me confundo,
me disperso, me entrego

Caindo pelo tempo
e no relógio da praça
me acho..

vazia e sem sentimento.


(paloma)



.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

.

fim de caso
fim de papo
fim de semana livre:
porque a vida só se vive
uma vez

eu não quero
que a minha trilha sonora
seja um bolero rameiro
regado a dôr-de-cotovelo
e embriaguez.

eis aqui o momento
de dar o fora.
e não haverá tempo,
ou hora,
pra voltar.

este amor que fora
tão sincero e tão febril
chega ao ponto final
sem etcétera e sem refil.

por isso,
aproveito o ensejo
e ao invés de um beijo
te mando...
à puta que pariu!



.

sábado, 25 de abril de 2009

?

Em meio ao talvez,
sou dúvida.
acorrentado anseio por resposta,
E no furacão de interrogação
sou nada.
Vou menosprezar e largar mão,
e o respeito?
que escolha outro leito
ao menos assim,
Não me afogo em decepção.


(Paloma)


.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

lêro lêro


Hoje





Hoje, eu não sei bem o que escrever.

Hoje o instrumento se alimenta,

da carência causada pelo tempo

do tempo vivido de ausência.

da espera pelo amanhecer,

que ao chegar cicatrizava.

aliviava.
E alivia.

hoje,

amanhã,






todavia....

















/Paloma/

sábado, 18 de abril de 2009

palavreando


Encontro


Eu não sei como vai ser,
me afogo nas ondas da dúvida,
não, eu não quero saber.

Eu quero.

Ver seu olhar percorrer pelos lados,
quando o reflexo de minha sombra
tocar teu rosto.

Eu sinto.

A respiração ofegante ao perder-se na multidão
na infinita tentativa da procura.

Eu vejo.

Dois sorrisos surgindo
quando pela multidão quase-infinita
o meu olhar,


Você encontrar!

(será?)

/Paloma/

segunda-feira, 30 de março de 2009

cochicho

Máscaras

Que as máscaras desabem,
não as da mentira,
mas as do orgulho e achômetros,
que cegam.
E que o tal do pré-conceito
não tenha valor algum,
perto da imensidão verídica,
de valores e de cores,
que cada um carrega, ou não
(indo a merda a exessão)

Dentro de si.

/paloma/

domingo, 22 de março de 2009

eu digo




Durante os dias as coisas não mudam, e nem voltam a ser como eram...nem era de se esperar, talvez.
Talvez seja perda de tempo esperar algo que no fundo não existe, esperar de alguém o que você está pronta pra dar, em vão. É vazio olhar pro céu nublado e sentir o chuvisco que molha levemente os lábios, imaginando os seus, tão perto, mas tão longe. Chuvisco que ao passar pelos lábios voa para o mar e se torna tempestade, que persiste na tentativa de afogar desejos e afagar vontades, mas sem sucesso, quando não se consegue mais fugir daquilo que se sente.
E essa de dizer "já chega se sofrer" passa a ter fundamento algum. Afinal quem é a razão perto da loucura de um apaixonado, incapaz de enxergar um palmo na frente dos olhos, e de enxergar menos ainda, por jogar fora o que se encontrava em suas mãos, e agora, se encontrar há quilômetros de distancia. Tudo bem, foi uma escolha, que dói de forma aguda, e que remédio e nem erva milagrosa cura.
O que fazer? Nada.
Esperar no que poderá acontecer, e no achar dos pensamentos, encontrar o que poderá vir a ser, pode ser traiçoeiro, mas é inútil tentar esquecer de uma vez, e se machucar mais.
Já não basta o ódio ao ver que o seu próprio ser não tem o direito de fazer isso consigo mesmo, sabendo de todos os caminhos percorridos, já tendo visto a mesma novela, e sinceramente, merecer três vezes mais o que, ironicamente, o faz machucar.
O amor é burro, cego, cansativo e sem resposta.
E as pessoas, farinha do mesmo saco.
Preferir não ter a condição humana seria muito mais útil quando se trata desse sentimento, ou de mais uma historia, hollywoodiana ou não, de amor.

Mas como a escapatória é improvável, a maturidade TEM QUE SER protagonista nessas horas.
E assim, mesmo que as vezes a vontade de explodir e acabar com tudo de uma vez, suba pela garganta. Mesmo que a ânsia por uma resposta absorva todo o ar,

Espero que a maturidade traga cautela, e a tão desejada paz, cá nos braços do meu mar.


/paloma/

quinta-feira, 12 de março de 2009

blá blá blá


Time




Chega desse tempo inconstante,
Da interrogação tatuada,
Se a vida é no presente,
E que deve ser amada.
Sem clichê, sem blasé
a verdade ao pé da letra,
a bola tocada pra frente,
enterrando o que passou,
esperando de trás, gente.

Pra que o ciclo gire outra vez,
pra que comigo fique o que importa,
e se ao meu lado, talvez,
se comigo, aberta a porta.
E quem entra no lado esquerdo,
não precisa de senha ou permissão.
mas que não preencha com peso da culpa,
do medo, da preocupação.

Deixando as coisas livres,
E que o destino conspire,
se voltarem, as tive.


Um dia de cada vez,
é assim que vou viver,
cautela diária,
me renovando ao pôr-do-sol,
e no dia seguinte,
como a semente que brota num jardim,


Sem nenhum egoísmo,
agora vou pensar apenas em mim.

\Paloma\

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Bombardius, se possível.


Me perguntar porque me sinto como um bicho, enjaulado no próprio sentimento,
é não só me prender cada vez mais á aquilo que sei do que se trata, mas não sei dar um nome, como também remoer as interrogações numa dolorosa procura pelo alívio. E em fração de segundos, tudo perde seu sentido, tudo perde a graça, até a situação mais cômica, se torna melancólica, as pessoas ficam tom-pastel e a saliva se transforma em fel.

Saber que ele existe deveria ser como êxtase em mim, como quando me toca, como quando me olha, como quando sinto seu cheiro, é como me sentir plena, pura, segura.

E por ironia de alguém ou algo, isso cai pelo vão de meus dedos, e eu como platéia da minha própria vida, apenas...assisto. Assisto por não ter a resposta definitiva daquilo que é melhor pra primeira pessoa do singular. O amor, abstrato, mas concreto através do seu corpo, ou o futuro, abstrato, mas concreto através de gotas pingando da testa...Eis a questão, não questionada por shaerkspeare, por talvez saber a reposta, mas que me mantém na agonia do questionamento. Sou como um bicho, enjaulado no meu próprio sentimento.
/Paloma/



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

cochicho



Passo do Compasso






Espero que de todos os demi-pliés de minha vida
Saia um salto tecnicamente perfeito
com a direito a abertura zerada
e pouso sem efeito



/paloma/

lêro lêro


Caminho




Hoje eu caminho
Desejando parar,
Sentar numa calçada,
Meio-fio, beira-mar
Pra olhar em minha frente
E saber por onde ir,
Olhar no fundo de minh'alma
E passo a passo traduzir
Aquilo que não tem som,
que não tem cor,
que não tem forma,
Aquilo que não retorna.


Em perfeita simetria,
Ser humano completo
Se por fora sintonia,
Interrogação no peito;
Melancolia
O vento sopra confuso
A névoa impede a visão
Vou cruzar minhas pernas
E soltar a lanterna da mão
Me agarrar no que é sólido
pra encontrar o meu clarão
Roda-tempo, roda-viva
roda-vida, roda-peão


Sem sucesso,
Sem fracasso,
Sem final
E sem largada
Dois caminhos pela frente...


Ainda escolho a calçada.



/Paloma/