domingo, 3 de maio de 2009

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Acabou a vaidade.
Se o que eu sou
é também o que eu escolhi,
eu sei.
No último segundo
tanto faz,
se agora,
o começo do fim,
parece estar
aqui sentado,
como um falso amigo
ao meu lado
E esse amor
que não teve tempo
de ter rugas
consegue sentir flor da pele
o desespero chegar
E por querer proteger
esse meu bem-querer,
corro contra o tempo
pra que por entre
meus dedos
eu não tenha que te perder
A fortaleza de herói burro,
Desaba!
E eu me humilho
como poeta errante,
Volta!
E se eu,
numa esquina
qualquer te ver
me ajoelho
e faço uma prece
Peço aos céus
Pra que reacenda
o último vestígio
da chama do sentimento
que ontem
ardeu em brasa.
E hoje apenas queima
com a dor da saudade.

(paloma)

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