sábado, 20 de fevereiro de 2010

Paris, pardon.

ando pela champs eliseé
sentindo o frio cinza
que consome meu corpo
e me deixa a mercê do passado
me aquecendo la no fundo
curando levemente essa alergia
no fundo eu até sabia,
-essa cidade com tanta luz-
um dia ia causar miopia

confusóriamente vejo
o que se passa dentro
porque esse, se aflora na pele
como suor de sangue
implorando arredo!
eu quero de volta minha vida
e o que conduz o meu enredo

meu enredo tão estimado
esbanja cor purpura
jasmins, tulipas, margaridas
e as notas que quando ouvidas
fazem meu sangue correr outra vez
refluindo nos meus glóbulos
o vermelho mais vermelho

eu quero minha gente
quero dormir tarde
acordar cedo
rir de coisa alguma
abraços apertados
beijos longos
e algum olhar de canto
cantar qualquer bobagem
é o que quero
em minha bagagem

quero as praias asiáticas
e mais histórias para os netos
me abrir, e sentir toda dor
chorar por amor
gritar de alegria
tatuagens de emoção
levar comigo
mesmo os que se vão

apague as luzes Paris,
e se Monalisa diz "sava"
da Vinci a mandaria pro inferno
"á francesa" saindo daqui
- Au revoir, merci!


(pa)


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