the love won't bring me down

o amor pegou minha mão
e agora me leva a todo lugar,
foi você quem quis assim,
bem gostei

tô chegando
ou então já fui

a parte que ainda
estava aqui por inteiro,
não está mais
e o que sobrou,
se não me leva pra trás
me deixa onde o jogo parou

sento numa roda de fantasmas
enquanto a música vai tocando
o filme segue rodando
e aqui com esse rosto pálido
sigo andando
empurrando a bola com os pés
jogo de sorte ou revés
Revés

Na bolsa só perguntas,
enquanto elas tiram batom
(pra colorir o opaco)

cheguei aqui depois do terremoto
o que faz disso mais sem graça
minha sala não tem controle remoto
o filme roda sem parar
sigo em frente então,
sem voltar

E se o melhor da festa
ainda é esperar por ela,
discordo!
chamo ao tempo, solto as feras
não se trata de coisas meras
é mais que uma caridade!

desumano é beber do vento
desamor é comer saudade




(paloma_

ultimamente, tenho acordado com frio

Paris, pardon.

ando pela champs eliseé
sentindo o frio cinza
que consome meu corpo
e me deixa a mercê do passado
me aquecendo la no fundo
curando levemente essa alergia
no fundo eu até sabia,
-essa cidade com tanta luz-
um dia ia causar miopia

confusóriamente vejo
o que se passa dentro
porque esse, se aflora na pele
como suor de sangue
implorando arredo!
eu quero de volta minha vida
e o que conduz o meu enredo

meu enredo tão estimado
esbanja cor purpura
jasmins, tulipas, margaridas
e as notas que quando ouvidas
fazem meu sangue correr outra vez
refluindo nos meus glóbulos
o vermelho mais vermelho

eu quero minha gente
quero dormir tarde
acordar cedo
rir de coisa alguma
abraços apertados
beijos longos
e algum olhar de canto
cantar qualquer bobagem
é o que quero
em minha bagagem

quero as praias asiáticas
e mais histórias para os netos
me abrir, e sentir toda dor
chorar por amor
gritar de alegria
tatuagens de emoção
levar comigo
mesmo os que se vão

apague as luzes Paris,
e se Monalisa diz "sava"
da Vinci a mandaria pro inferno
"á francesa" saindo daqui
- Au revoir, merci!


(pa)


.

1.9

Hoje, quando o sol saiu,
a paisagem se tingiu de um brilho especial
e um perfume completamente
novo se espalhou pelo ar.
Eu fui até a janela e,
ao repassar com a mente no calendário,
de repente descobri
por que maravilhosa razão
este dia, idêntico a todos os outros,
era pra mim, ao mesmo tempo
um dia único e diferente!

trecho

Houve uma época em que nada mais no mundo
era mais importante do que ela mesma.
teve muitos namorados, sempre acreditou
que amava cada um, e sempre viu o amor
acabar de uma hora para outra.
de tudo o que conhecia até então,
o amor era o mais difícil. No momento
em que estava apaixonada por alguém,
que tinha um pouco mais que sua idade,
estudava Física, e via o mundo de um modo
completamente diferente do dela. Mais uma vez
estava acreditando no amor, apostando seus
sentimentos, mas se decepcionara tantas vezes
que não tinha mais certeza de nada.
Mesmo assim,
esta era ainda a grande aposta da sua vida.

entre espirros e bocejos ainda me vejo sendo
a menina que eu era há anos atrás. dizem que a nossa personalidade
não muda. outros dizem que ela muda até certa idade.
eu ainda me acho a mesma menina de anos atrás, em certos pontos,
em outros já sou outra.
mas ainda espirro em dia de Sol e em dia de chuva.
é ano novo, mas eu ainda tropeço sozinha no meio da casa
e bato a cabeça nas paredes. quem entende?
ainda acho que a gente tem muita coisa nova.
pra ver. sentir. cheirar. tocar. amar.
mas ainda sou a mesma.
e diferente.

1.1.2010

na