quarta-feira, 27 de maio de 2009

Diário de Bordo












Luzes de Janeiro
Calor de Novembro
Amores de Abril
divisores das minhas partes
em cada nova estação.
sou equação
sou escassez
sem nenhuma ameaça
sou assim sem mordaça
tagarelante nesse mundo (ão!)

Não possuo laços
e nem essa de previsão..
marinheira de nonagésima viagem
minha vida é minha bagagem
pulsante,
infinita em proporção

E o que eu levo
é aquela gente
de sotaque puxado
meu piquí
meu caruru
meu chimarrão

São aquelas histórias,
Aquelas!
na parede da minha memória
não se apagam com o Adeus
indeléveis
é a gente da minha laia
minha gente
- São os meus!

Vida corrida
que corre nos rastros do chão
e a bohemia da minha nostalgia
se preenche
com uma súbita alegria
de ter esse manejo
(quase pra um sertanejo)
E ganho mais essa
bagagem de mão

- Por onde anda aquela moça,
e o teu bem-querer?

no crepúsculo
no eclipse
no amanhecer
deixa que o futuro,
fica do lado de lá!
vou andando do meu jeito
levando amores e sabores no peito
ida, volta
volta e ida
E o final dessa corrida?
Ah!
deixo por conta dessa vida..





(Paloma)



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domingo, 24 de maio de 2009

...

" - Dizem que um dos dois sempre gosta mais,
quem dera não fosse eu. "



-

segunda-feira, 18 de maio de 2009

free





Assim estou
assim permaneço
se sozinha
ou acompanhada,
estou bem, aliás...
muito bem!
Obrigada.
E se um dia pensei
que sabia o que você pensava
prefiro por assim ficar,
e não saber de mais nada!




(Paloma)






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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Poema sem graça.

Morre na praça
a alma do artista,
do último fascista,
do compositor

Onde haviam cores
murcham-se as flores
exalando rumores
de uma notória decepção

E eu
- deixa pra lá, que chatice!
Permaneço no
meu mundo cinza
sem olhar para o chão

E se você passa
não vejo, não ligo
não faço, nem digo
ligo, desligo.
Não faço questão

E se você olha
não deixo vestígio
nem se quer um sorriso
e cuspo no chão

Na vida mais ou menos
sou lá, nem cá,
sou lugar algum
- Eu gosto do relento!
E não espero
em nenhum momento
que você volte pra mim.

Tenho ânsia do teu cheiro
agonizo teu tempero
sem graça,
sem respeito,
corra atrás,
se assim condiz.
Eu arrebito meu nariz
e permaneço na minha ira:
- Eu não te quero mais!

Mentira!




(Paloma)



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domingo, 3 de maio de 2009

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Acabou a vaidade.
Se o que eu sou
é também o que eu escolhi,
eu sei.
No último segundo
tanto faz,
se agora,
o começo do fim,
parece estar
aqui sentado,
como um falso amigo
ao meu lado
E esse amor
que não teve tempo
de ter rugas
consegue sentir flor da pele
o desespero chegar
E por querer proteger
esse meu bem-querer,
corro contra o tempo
pra que por entre
meus dedos
eu não tenha que te perder
A fortaleza de herói burro,
Desaba!
E eu me humilho
como poeta errante,
Volta!
E se eu,
numa esquina
qualquer te ver
me ajoelho
e faço uma prece
Peço aos céus
Pra que reacenda
o último vestígio
da chama do sentimento
que ontem
ardeu em brasa.
E hoje apenas queima
com a dor da saudade.

(paloma)

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

perdas,
me perdoem.

espirais de um sentimento,
me resgatem.


eu, perdida ao vento,
sem rumo, sem movimento.

que na procura me confundo,
me disperso, me entrego

Caindo pelo tempo
e no relógio da praça
me acho..

vazia e sem sentimento.


(paloma)



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